Este artigo discute o que pensam os profissionais da gestão sobre os processos de educação permanente em saúde no município de Recife, Pernambuco, descrevendo as ações e relacionando-as com os conceitos de educação permanente ou continuada. Originou-se de um estudo de caso, que utilizou entrevista semiestruturada com sete gestores e gerentes. A análise de conteúdo foi o método escolhido para tratamento dos dados. A educação permanente em saúde tem sido utilizada como ferramenta para pôr em prática novos dispositivos de trabalho na atenção primária à saúde. Os resultados apontam para seu uso pela gestão como ferramenta de mudança do processo de trabalho. Alguns setores da Secretaria Municipal de Saúde de Recife se apropriaram mais adequadamente do conceito de educação permanente em saúde, enquanto outros ainda a entendem como sendo igual à educação continuada. As ações surgiram das dificuldades encontradas no trabalho, a partir do que a gestão definiu como importante para a qualificação dos trabalhadores e do que as universidades perceberam como demanda para qualificação profissional. Alguns dispositivos citados foram: o apoio matricial, o apoio institucional e o projeto terapêutico singular. As dificuldades para o aperfeiçoamento das ações foram a fragmentação das ações e a pouca priorização da educação permanente em saúde por alguns profissionais da gestão.
This article discusses what management professionals think about the continuing health education processes in the city of Recife, state of Pernambuco (Northeast Brazil), describing the actions and relating them to the concepts of permanent or continuing education. It originated from a case study that used semistructured interviews made with seven managers. Content analysis was the method chosen to process the data. Permanent health education has been used as a tool to implement new work devices in primary health care. Results point to its use by management as a tool to change the working process. A few departments of the Recife Municipal Health Secretariat appropriated themselves more properly of the permanent health education concept, while others see it as equal to continuing education. The actions arose from difficulties at work, from what management has defined as important to train workers, and from what the universities have noted as demands for professional qualification. A few devices cited were the matrix support, institutional support, and the unique therapeutic project. The difficulties faced to improve the actions were fragmentation and the lack of prioritization of continuing health education by a few management professionals.