Neste texto apresentamos os principais resultados de uma investigação qualitativa sobre o sentido do direito a apoios públicos à conciliação da vida profissional, pessoal e familiar das pessoas que trabalham numa autarquia do centro-norte do país, intervencionada por um Plano para a Igualdade. Concluímos por um baixo sentido de direitos, traduzido na reduzida consciência das obrigações do estado, das entidades empregadoras e da sociedade em geral na provisão de serviços e apoios à família; pela individualização e privatização dos problemas de conciliação; pelas baixas expectativas de apoio por parte da entidade patronal e do estado; e, portanto, fraca probabilidade de mobilização pelo acesso a direitos.
This article presents the main results of qualitative research on the sense that people have of the right to public support for the reconciliation of work and personal and family life, in the case of staff of a local authority in northern-central Portugal that is the object of an equality plan. The authors conclude that: the sense that the real content of rights is small is reflected in a limited awareness of the obligations that pertain to the state, employers and society in general when it comes to providing services and support for the family; reconciliation problems are individualised and privatised; people have low expectations as to the support they are likely to receive from their employer and the state; and they are thus unlikely to mobilise and demand access to rights.