Neste artigo, abordamos o acesso de pessoas em situação de rua com transtorno mental grave aos serviços públicos de saúde mental. Para tanto, realizamos revisão narrativa sobre o tema. Concluímos que os serviços de Assistência Social têm frequente contato com essa parcela da população, oferecendo respostas às suas necessidades, como moradia e resgate de direitos civis. Os serviços de saúde mental ainda apresentam dificuldades em estabelecer estratégias para o atendimento às pessoas em sofrimento mental na própria rua e em inseri-las em CAPS e UBS. Desse modo, a rede socioassistencial tem sido frequentemente a porta de entrada dessa população aos serviços de saúde mental, indicando que o trabalho intersetorial precisa ser mais bem desenvolvido para a efetividade do acesso à rede pública de saúde.
In this paper, we address the access of homeless people with severe mental disorder to public mental health care. To this end, we conducted a narrative review on the topic and concluded that Social Welfare services have frequent contact with that portion of the population, providing answers to their needs, such as housing and civil rights of redemption. Mental health services still have difficulty establishing strategies to care for people in mental distress in the street and enter them in CAPS and health units. Thus, the welfare network has often been the gateway of this population to mental health services, indicating that the intersectoral work needs to be further developed to ensure effective access to public health services.