Este artigo, publicado originalmente em uma coletânea em 1987, aborda criticamente a noção de "comunidade linguística" em diferentes abordagens dos estudos da linguagem, do Gerativismo à Análise do Discurso, passando pela Sociolinguística e pela Crítica Literária. Discutindo a distância entre a homogeneidade da comunidade linguística imaginada (no sentido de Anderson) e a realidade fraturada da experiência linguística nas sociedades modernas estratificadas, este texto propõe uma mudança de abordagem para os estudos da linguagem, defende o fim das utopias linguísticas e o reconhecimento urgente de uma linguística do contato.
Originally published in a collection in 1987, this article provides a critical discussion of the notion of "linguistic community" in different approaches of language studies, from Generative Theory to Discourse Analysis, including Sociolinguistics and Literary Criticism. In a debate about the distance between the homogeneity of the imagined linguistic community (in Anderson's sense) and the fractured reality of linguistic experience in modern stratified societies, the text proposes a change in the approach to language studies and advocates the end of linguistic utopias, as well as the urgent recognition of a linguistics of contact.