Este estudo objetiva avaliar a satisfação do usuário quanto ao cuidado do Programa de Saúde da Família (PSF) de dois pequenos municípios do Rio Grande do Norte. Foi realizado um Estudo de Caso entre outubro e dezembro de 2007 utilizando 4 grupos focais com 60 usuários. O método de análise foi o de conteúdo, com as seguintes categorias: concepções sobre necessidades de saúde e PSF; integralidade do cuidado (acolhimento, vínculo, visita domiciliar), ações de promoção da saúde, facilidades e dificuldades em relação aos atendimentos, e participação social. Os resultados mostraram: percepção das necessidades de saúde como assistência; desconhecimento do programa; satisfação pela ampliação do acesso; melhoria da qualidade; vínculo; acolhimento; e visita domiciliar. O motivo de insatisfação foi a presença descontínua das equipes e a falta de centros de saúdes. Ações de promoção e controle social eram praticamente inexistentes, direcionando as reivindicações aos políticos locais. Concluiu-se que não houve conversão, e sim reprodução de um modelo de atenção simplificada, não articulado nem com promoção nem com saúde como direito social.
This study aims to evaluate the user's satisfaction with the Family Health Program in two small municipalities in Rio Grande do Norte. A case-study was conducted from October to December 2007, using four focus groups with 60 users. The method was the content analysis, with the following categories: conceptions of health needs and PSF; comprehensive care (welcoming, bond, home visits), health promotion activities, facilities and difficulties in relation to care, and social participation. The results show perception of health needs such as care; unfamiliarity with the program; satisfaction with broad accesses; improvement of quality; bond; welcoming, home visits. The reason for dissatisfaction was the lack of continuous teams and lack of central health clinics. Actions to promote better quality and social control hardly existed, directing the claims to local politicians. We concluded that there was no conversion, but a reproduction of a simplified model of attention, disarticulated both with health promotion and with health itself as a social right.