Este artigo trata das premissas éticas da Reforma Psiquiátrica, mais especificamente, da desinstitucionalização enquanto desconstrução, a partir do pensamento de Emmanuel Lévinas, e a concepção de alteridade postulada a partir da proposta de uma ética radical. O resgate dos pressupostos éticos da Reforma Psiquiátrica, considerados sob novos enfoques teóricos, pode contribuir para desvelar e compreender os diversos caminhos que esse processo vem tomando com a diversidade de práticas em construção e a disseminação de serviços substitutivos em saúde mental.
This paper deals with some ethic premises of the Psychiatric Reform, more specifically, with desinstitutionalization as deconstruction, establishing a dialogue with the ideas of Emmanuel Lévinas. The concept of alterity is considered at the interface of radical ethic included in this approach. The discussion points out that the incorporation of ethical premises from the Psychiatric Reform can help understand the different possibilities and social consequences of this process, considering the diversity of practices being constructed and the growing of substitutive services in the Mental Health field.