O artigo narra uma experiência de ensino com agentes comunitários de saúde em uma unidade do Programa de Saúde da Família da periferia de São Paulo. Com o objetivo de discutir temas de Saúde Mental relevantes para o trabalho cotidiano desses profissionais, criou-se um espaço de aprendizagem e construção de sentido para esses agentes. Em grupos de encontro quinzenais com uma psiquiatra e cerca de 20 agentes, discutiam-se casos clínicos e situações de vida e trabalho a partir dos quais era possível aprender conceitos básicos de Saúde Mental e pensar o papel e a identidade desses profissionais na comunidade. Ao final de um ano de experiência, avaliou-se que tal atividade é fundamental como apoio para o desenvolvimento do trabalho desses profissionais, e para o aprendizado de como lidar com aspectos subjetivos próprios e dos usuários, especialmente na periferia de grandes centros urbanos.
This article describes a teaching experience with health community agents in a Family Health Program unit. In order to discuss important everyday mental health themes, a space for these agents was created, intended for learning and building up senses. Groups of 20 agents and a psychiatrist met every two weeks, to discuss clinical cases, and life and work situations which helped apprehend basic Mental Health concepts and to reflect on the role and identity of these professionals in the community. After one year, this activity was considered fundamental to support the work developed by the agents and to help them learn how to deal with their and the users' subjective aspects, especially in the periphery of large urban centers.