O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de autoavaliação negativa de saúde bucal e fatores associados entre adultos em áreas de assentamento rural. A amostra probabilística consistiu de 557 adultos entre 20 a 59 anos em áreas de assentamento rural no Estado de Pernambuco, Brasil. A variável dependente foi autoavaliação da condição de saúde bucal e as independentes foram: características demográficas, de predisposição/disponibilidade de recursos, comportamentos relacionados à saúde bucal, condições objetivas e subjetivas relacionadas à saúde bucal. Foram estimadas as razões de prevalência bruta e ajustada por meio de regressão de Poisson. A prevalência de autopercepção negativa da saúde bucal foi de 70,5%. A autoavaliação negativa da saúde bucal foi mais prevalente em indivíduos mais jovens, de baixa escolaridade, entre as mulheres, e entre os de cor preta e parda. Os preditores da autoavaliação negativa da saúde bucal foram a cor da pele, a necessidade autorreferida de tratamento odontológico e o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida.
The aim of this study was to estimate prevalence of negative self-rated oral health and associated factors among adults in rural settlements. The probabilistic sample consisted of 557 adults 20 to 59 years of age in rural settlements in Pernambuco State, Brazil. The dependent variable was self-rated oral health, with the following independent variables: demographic characteristics, predisposition and availability of resources, oral health-related behavior, objective oral health conditions, and subjective oral health conditions. Crude and adjusted prevalence ratios were estimated using a Poisson regression model. Prevalence of negative self-rated oral health was 70.5%. Negative self-rated oral health was associated with younger age, lower schooling, female gender, and black or brown skin color. Predictors of negative self-rated oral health included skin color, self-defined need for dental care, and the impact of oral health problems on quality of life.