O objetivo do estudo foi determinar o perfil de risco e fatores associados à fragilidade em idosos da comunidade. A população-fonte constituiu-se de indivíduos com 65 anos ou mais, residentes nos bairros da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, Brasil, e clientes de uma operadora de saúde. O estudo foi transversal, na linha de base de uma coorte, com amostra estratificada por sexo e idade, composta por 764 indivíduos. Para a estratificação de risco, utilizou-se o instrumento de rastreio probabilidade de internações repetidas (PIR). A análise de regressão logística foi realizada para estudar a associação entre a PIR e um conjunto de variáveis sociodemográficas, de estado de saúde, funcionais e cognitivas, após a análise bivariada. Encontraram-se 6,7% de idosos com alto risco de internação. Associaram-se ao risco de internação câncer, quedas, doença pulmonar obstrutiva crônica e medicamentos usados, bem como as seguintes condições: receber visita de profissional da saúde, ter estado acamado no domicílio, morar só e praticar as atividades de vida diária. O instrumento parece ser útil na estratificação de risco dos idosos.
The objective of this study was to determine the risk profile and factors associated with frailty in elderly community residents. The population consisted of individuals 65 years or older living in the northern districts of the city of Rio de Janeiro, Brazil, and who held private health insurance policies. The cross-sectional study was done at baseline in a cohort with a sample (N = 764) stratified by gender and age. Risk stratification used probability of repeated admissions (PRA) as the screening instrument. Following bivariate analyses, logistic regression analyses were performed to study associations between probability of repeated admissions and socio-demographic, health-status, functional, and cognitive variables. Of the total sample, 6.7% were classified as high risk. Cancer, falls, chronic obstructive pulmonary disease, use of medication, receiving a visit from a health professional, being bedridden at home, living alone, and level of activities of daily living were statistically associated with risk of hospitalization. The instrument appeared to be useful for stratifying risk in the elderly.