Este ensaio analisa as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e objetiva mostrar as germinais (e potenciais) experiências de formação de profissionais nessa área com perfil para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS). É apresentado um estado da arte de cursos na área das PICs, buscando sua interface com a Saúde Coletiva. Utilizaram-se autores das áreas de PICs e material da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde. Realizaram-se pesquisa conceitual sobre cursos que oferecem tais práticas e contatos com associações e coordenações de cursos dessas práticas. É possível afirmar-se que as PICs podem ser consideradas como estratégias de revitalização do sistema de saúde e de mudança no padrão biologizante e medicalizante do cuidado e da promoção da saúde. No entanto, evidencia-se o despreparo político e técnico de profissionais da saúde para atuar com PICs no SUS. Assim, julga-se essencial fomentar um processo educativo que forme profissionais das PICs em sintonia com as diretrizes do SUS e com os princípios da Saúde Coletiva.
This essay analyzes the Integrative and Complementary Practices (PICs) and seeks to show the germinal (and potential) experiences of training professionals in this area with a profile to work in the Single Health System (SUS). The state of the art in courses offered in the PIC area is presented seeking their interface with Collective Health. Authors writing about the PIC areas and the Ministry of Health's National Policy on Integrative and Complementary Practices were used. A conceptual survey was carried out on courses that offer such practices and contacts made with associations and coordinators of courses taught on them. It can be stated that the PICs can be considered revitalization strategies for the health system and can change the biologizing and medicalizing standard to care for and promote health. However, the health professionals' lack of political and technical preparedness to work with PICs in the SUS is noticeable. Thus, it is considered essential to form an educational process that trains PIC professionals in tune with the SUS guidelines and with the principles of Collective Health.