Este artigo tem como objetivo reunir subsídios teóricos para uma abordagem crítica das práticas de territorialização previstas na Atenção Básica à Saúde do Sistema Único de Saúde, bem como oferecer alguns elementos práticos que orientem sua ampliação, mediante a incorporação de novos olhares e das questões de saúde ambiental e do trabalhador, da forma como se apresentam no território. Para tanto, os conceitos de território e de territorialização são problematizados, com base em concepções diversas, a fim de dialogarem com as atribuições e desafios da Vigilância em Saúde e, especialmente, da Estratégia Saúde da Família. As relações produção-trabalho, saúde-ambiente são discutidas em sua relevância para a compreensão da dinâmica viva do processo saúde-doença no território. Por fim, são apresentados alguns passos que podem contribuir na reorganização e ampliação das práticas de territorialização na Atenção Básica à Saúde.
This article aims to bring together theoretical subsidies for a critical approach to the territorialization practices that are provided for in the Health System's Primary Health Care and to offer a few practical elements to guide its expansion through the incorporation of new views and environmental and worker health issues, as proposed in the territory. To achieve this, the territory and territorialization concepts are questioned based on different notions in order to dialogue with the attributions and challenges of Health Surveillance and, in particular, of the Family Health Strategy. The production-labor, health-environment relations are discussed with regard to their relevance for the understanding of the living dynamics of the health-disease process in the territory. Finally, a few steps that can contribute to the reorganization and expansion of the territorialization practices in Primary Health Care are presented.