O artigo procura construir, a partir de uma memória da Reforma Sanitária Brasileira e de aproximações entre as áreas científicas da Educação e da Saúde, uma micropercepção (matéria para o pensar, aprender, conhecer) emergência de um domínio de conhecimento designado por Educação e Ensino da Saúde. Esse domínio emergente estaria bastante associado invenção da Saúde Coletiva, no campo científico da saúde, e com à invenção do Controle Social em Saúde, no campo da intervenção política nesse setor. O novo domínio de conhecimento seria caracterizado por uma implicação singular do ensino com a cidadania, permitindo a travessia de fronteiras entre educação e saúde pela via da educação permanente em saúde. Os temas do ensino e da cidadania são problematizados com o auxílio explícito ou não (via seus leitores) de alguns pensadores da filosofia e do contemporâneo, como Michel Foucault, Michel Serres, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Francisco Varela, Humberto Maturana e Ilya Prigogine.
The article seeks to build, based on a memory of the Brazilian Sanitary Reform and on approximations between the scientific areas of Education and Health, a microperception (matter for thought, learning, and getting to know) about the surfacing of a domain of knowledge designated by Health Education and Teaching. This emerging domain would seem to be largely associated to the invention of Collective Health, in the scientific field of health, and to the invention of Social Control in Health, in the field of political intervention in this sector. The new knowledge domain would be characterized by a singular implication of teaching with citizenship, allowing the bridging of the boundaries between education and health via permanent education in health. The teaching and citizenship themes are problematized with explicit help or not (via its readers) from a few philosophers and contemporaneous thinkers such as Michel Foucault, Michel Serres, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Francisco Varela, Humberto Maturana, and Ilya Prigogine.