Este artigo discute as possibilidades de proteção contra o desenvolvimento do câncer, proporcionadas por carotenóides provenientes da alimentação, com base em uma revisão da literatura. Os carotenóides têm demonstrado uma ação protetora contra a carcinogênese, tanto em estudos in vitro como in vivo, com animais e humanos. Entre eles, a beta-criptoxantina, a fucoxantina, a astaxantina, a capsantina, a crocetina e o fitoeno, têm sido pouco explorados, e a literatura ainda se mostra extremamente limitada e pouco conclusiva. Estudos experimentais com humanos demonstraram não haver efeito, ou efeito reverso, do beta-caroteno, no entanto, não incluíram anteriormente variáveis intervenientes e interativas que deveriam ter sido controladas. A partir da evidência científica, baseada em estudos epidemiológicos e ensaios experimentais recentes, e da elucidação dos mecanismos de atuação de fitoquímicos relacionados à maior proteção contra o câncer, conclui-se que a alimentação rica em carotenóides provenientes das frutas, legumes e verduras, representa um possível fator de proteção contra o desenvolvimento do câncer.
This study is a literature review that discusses the likelihood of dietary carotenoids offering protection against cancer. Carotenoids have been demonstrating a protective action against carcinogenesis both in vitro and in vivo, in animals and humans. Among them, beta-cryptoxanthin, fucoxanthin, astaxanthin, capsanthin, crocetin and phytoene have been little explored and literature is still very lacking and little conclusive. Experimental studies with humans have shown beta-carotene to have no effect or reverse effect; however, they have never included intervenient and interactive variables that should have been controlled. Scientific evidence based on epidemiological studies and recent experimental assays and the elucidation of phytochemical activity mechanisms associated with greater protection against cancer, a diet rich in carotenoids from fruits and vegetables may protect against carcinogenesis.