OBJETIVO: Este estudo objetivou identificar o padrão de consumo alimentar de 2562 escolares de 14 a 19 anos das escolas urbanas, públicas e particulares, do município de Toledo, Paraná, bem como os fatores associados à classe econômica e ao sexo. MÉTODOS: Para caracterizar o consumo alimentar utilizou-se Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar validado. A análise estatística foi realizada seguindo os grupos da pirâmide alimentar, e as associações das variáveis foram realizadas pelo teste Qui-quadrado com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os alimentos que apresentaram maior consumo em cada grupo foram: pão e arroz, alface e tomate, banana e laranja, leite integral e desnatado, carne de gado e frango, feijão, margarina e maionese, açúcar e balas/doces. A associação da freqüência de consumo com a renda familiar foi significante entre os mais pobres para os grupos dos pães, cereais, raízes e tubérculos, das leguminosas e dos óleos e gorduras. Entre os mais ricos encontram-se os grupos das hortaliças, das frutas, dos leites e produtos lácteos. Quanto ao sexo, as meninas consomem mais alimentos dos grupos das hortaliças e dos açúcares e doces, já entre os meninos prevalece o consumo de leite, leguminosas, óleos e gorduras. CONCLUSÃO: Esses resultados mostram diferença de consumo entre os sexos e sugerem que a renda famíliar associa-se ao consumo alimentar dos escolares.
OBJECTIVE: The objective of this study was to identify the food intake patterns of 2562 students aging from 14 to 19 years from public and private schools of the municipality of Toledo, Paraná, Brazil. Associations between intake patterns and gender and intake patterns and social class were also investigated. METHODS: A validated food frequency questionnaire was used to characterize food intake. Statistical analysis was based on the food guide pyramid and the variables associated with the chi-square test, using a significance level set at 5%. RESULTS: The foods with highest intakes were: bread and rice, lettuce and tomato, banana and orange, whole milk and skim milk, beef and poultry, beans, margarine and mayonnaise, sugar and candies/sweets. The association between intake frequency and family income was significant among the poorest for the following groups: breads, cereals, nuts and seeds, legumes and oils and fats. Among the wealthiest, the groups were: vegetables, fruits, milks and dairy. Regarding gender, girls consume more vegetables and sweets and boys consume more milk, legumes, oils and fats. CONCLUSION: These results show that there is a difference in intakes between genders and suggest that family income is associated with food intake among students.