Este estudo teve por objetivos averiguar se o treino cognitivo de controle da raiva é eficaz na redução da reatividade cardiovascular de pacientes diagnosticados com doença arterial coronariana, avaliar seu impacto na redução da raiva e no nível de stress e analisar se há correlação significativa entre a raiva e a magnitude na reatividade cardiovascular em momentos de stress experimental. Vinte e nove adultos com doença arterial coronariana participaram da pesquisa. A reatividade cardiovascular foi aferida, antes e após o tratamento em grupo para a raiva, em sessões de role-play representando situações de stress interpessoal. Resultados mostraram que o tratamento reduziu significativamente os índices de raiva para dentro, raiva estado, raiva traço, expressão, reação e controle da raiva e sintomatologia do stress. A magnitude da reatividade da pressão arterial sistólica correlacionou-se com os índices de raiva temperamento. Verificou-se uma redução significativa na reatividade da pressão arterial sistólica na terceira avaliação, realizada seis meses após o treino cognitivo de controle da raiva.
The objectives of this study were twofold: to test the effectiveness of Cognitive Anger Control Training in the reduction of cardiovascular reactivity during periods of stress in individuals with coronary artery disease, and to investigate the link between levels of anger and the extent of cardiovascular reactivity at times of stress. Twenty-nine adults suffering from coronary artery disease took part in the study. Cardiovascular reactivity was measured both before and after group treatment for anger, in role-play sessions representing situations of interpersonal stress. The findings show that the treatment significantly reduced the indices of internal anger, state anger, trait anger, the expression, reaction and control of anger and level of stress. It was also found that systolic blood pressure reactivity had a significant correlation with the indices of temperamental anger and that a significant reduction was seen in systolic blood pressure reactivity in the third evaluation, conducted six months after treatment.