A influência de características psicológicas no aumento da pressão arterial tem sido objeto de muitas indagações. Este trabalho analisou como, em momentos de stress, a reatividade cardiovascular é afetada por fatores psicológicos. Oitenta hipertensos responderam ao Inventario de Sintomas de Stress de Lipp, à Escala de Alexitimia de Toronto e ao Questionário de Assertividade, e passaram por uma sessão experimental envolvendo interações sociais estressantes. A pressão arterial e a freqüência cardíaca foram aferidas continuamente pelo monitor de pressão arterial Finapress. A pessoa era instruída em um momento a controlar suas emoções e em outro a expressá-las. Verificou-se uma correlação significativa entre nível de alexitimia e de inassertividade e reatividade da pressão arterial. Quando solicitados a expressarem emoções, a pressão arterial diastólica de alexitímicos e inassertivos sofreu aumentos significativos. A pressão arterial sistólica de pessoas assertivas e não alexitímicas sofreu aumentos significativos quando instruídas a inibirem as emoções.
The effects of psychological traits on blood pressure increases have received much attention. This work aimed to verify if during periods of interpersonal stress the cardiovascular reactivity of hypertensives varies in accordance with psychological traits. Eighty mild-hypertensive adult subjects answered the Lipp Stress Symptom Inventory, the Toronto Alexithymia Scale and an Assertiveness Questionnaire, and participated in a conflictive roleplay experimental session. Blood pressure and heart rate were recorded continuously via the Finapres methodology. Two types of instructions were given. At one time the subject was instructed to withhold emotions and at another time, the instruction given was to express emotions freely during the session.A significant correlation was found between alexithymia/ inassertiveness and both diastolic and systolic blood pressures. When alexithymic/inassertive subjects were asked to express their feelings, the diastolic blood pressure increased significantly. Furthermore, when assertive and non-alexithymic participants were required to suppress their emotions the systolic blood pressure suffered significant increases.