O processo de abertura comercial trouxe mudanças importantes para a economia brasileira. As empresas melhoraram a produtividade a fim de se inserirem de forma competitiva no mercado internacional. Este trabalho analisou as diferenças de produtividade entre firmas exportadoras e firmas não exportadoras no Brasil. Utilizando o teste não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov, comparam-se as distribuições de produtividade com dados ao nível de firmas. Os resultados encontrados mostram claramente maiores níveis de produtividade para as firmas exportadoras do que para as firmas não exportadoras. Ademais, as evidências encontradas mostram-se mais robustas para o grupo de firmas de pequeno porte vis-à-vis as firmas de grande porte. Quanto à explicação dessas diferenças, os resultados encontrados parecem dar suporte à hipótese de seleção, ou seja, o maior nível de produtividade das firmas exportadoras aparenta ser fruto de processos de seleção das firmas não apenas na entrada, mas também na saída do mercado de exportação. Por outro lado, os resultados encontrados não confirmam a existência de processos de aprendizado no mercado exportador brasileiro. Durante o período considerado, as diferenças entre as taxas de crescimento da produtividade das firmas exportadoras e das não exportadoras não foram significantes.
The trade opening process made important adjustments in the Brazilian economy. Several firms enhanced their productivity in order to enter foreign market competitively. This paper analyzed the productivity differences between exporting and non-exporting firms in Brazil. Using the Kolmogorov-Smirnov nonparametric test, we compare productivity difference in firm-level data. The results reveal higher productivity levels in exporting firms compared to non-exporting ones. Besides, the findings are more robust to the group of smaller firms. Concerning the explanation of those differences, the results appear to support the hypothesis of selection, i.e., the reason for the higher productivity level of exporting firms seems due to selection processes not only accrued of entering foreign markets, but also of exiting them. On the other hand, the results do not confirm the existence of a learning process in the exporting market. During the period under analysis, the firms' productivity growth divergences were not significant.