Este artigo analisa, pela primeira vez na literatura, o impacto dos sindicatos de trabalhadores em vários indicadores de desempenho econômico de firmas industriais brasileiras. Realizou-se uma pesquisa retrospectiva sobre a densidade sindical de 1000 estabelecimentos industriais brasileiros e seus resultados foram combinados aos indicadores de desempenho econômico da Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 1990 a 2000. Os resultados indicam que a relação entre a densidade sindical na firma e seus salários, emprego e produtividade, é não-linear, ou seja, um aumento no grau de sindicalização leva a um melhor desempenho, porém a taxas decrescentes. Observou-se, também, uma relação negativa entre sindicalização e rentabilidade. Finalmente, estabelecimentos que introduziram mecanismos de 'participação nos lucros' aumentaram sua produtividade e rentabilidade no período e pagaram maiores salários nas firmas onde o grau de sindicalização era maior.
This paper examines, for the first time in the literature, the impact of trade unions on various performance indicators of Brazilian establishments. A unionism retrospective survey was carried out among 1,000 establishments in the manufacturing sector and its results were matched to performance indicators available from the Brazilian Industrial Surveys between 1990 and 2000. The results using the pooled data indicate that the relationship between unionism and some performance indicators, such as average wages, employment and productivity is non-linear (concave), so that a rise in unionism from low levels is associated with higher performance, but at a decreasing rate. Unions also reduce profitability. Establishments that introduced profit-sharing schemes increased their productivity and profitability overall and paid higher wages in more unionized plants.