OBJETIVO: Verificar a validade e a fidedignidade de uma escala de autoeficácia para a prática de atividade física (AF) em adultos brasileiros. MÉTODOS: A escala de autoeficácia foi aplicada juntamente com um questionário multidimensional face a face em 1 418 indivíduos (63,4% mulheres) com idade > 18 anos. O instrumento foi submetido à análise de validade (fatorial e construto) e fidedignidade (consistência interna e estabilidade temporal). O procedimento de teste-reteste foi aplicado em 74 indivíduos para verificar a estabilidade temporal do instrumento. RESULTADOS: A análise fatorial exploratória apresentou dois fatores distintos: autoeficácia para a prática de caminhada e autoeficácia para a prática de AF moderada e vigorosa (AFMV). Ambos os fatores explicaram 65,4% da variância total da escala (20,9 e 44,5% para caminhada e AFMV, respectivamente). Foram obtidos valores de α = 0,83 (caminhada) e 0,90 (AFMV), que indicam elevada consistência interna. Ambos os fatores da escala apresentaram correlação positiva e significativa (rho > 0,17; P < 0,001) com os indicadores de qualidade de vida (percepção de saúde, satisfação pessoal e disposição para as atividades diárias), indicando a adequada validade de construto do instrumento. CONCLUSÕES: A escala aplicada apresenta validade, consistência interna e reprodutibilidade adequadas para avaliar a autoeficácia para a prática de AF em adultos brasileiros.
OBJECTIVE: To test the validity and reliability of a self-efficacy scale for physical activity (PA) in Brazilian adults. METHODS: A self-efficacy scale was applied jointly with a multidimensional questionnaire through face-to-face interviews with 1418 individuals (63.4% women) aged > 18 years. The scale was submitted to validity (factorial and construct) and reliability analysis (internal consistency and temporal stability). A test-retest procedure was conducted with 74 individuals to evaluate temporal stability. RESULTS: Exploratory factor analyses revealed two independent factors: self-efficacy for walking and self-efficacy for moderate and vigorous PA (MVPA). Together, these two factors explained 65.4% of the total variance of the scale (20.9% and 44.5% for walking and MVPA, respectively). Cronbach's alpha values were 0.83 for walking and 0.90 for MVPA, indicating high internal consistency. Both factors were significantly and positively correlated (rho > 0.17, P < 0.001) with quality of life indicators (health perception, self-satisfaction, and energy for daily activities), indicating an adequate construct validity. CONCLUSIONS: The scale's validity, internal consistency, and reliability were adequate to evaluate self-efficacy for PA in Brazilian adults.