Trata-se de estudo do tipo corte transversal que objetivou determinar a prevalência de aleitamento materno em lactentes menores de quatro meses, internados por infecção respiratória em um hospital de ensino de Salvador, Bahia, Brasil e descrever a influência da internação na prática da amamentação. As mães foram entrevistadas e os dados sobre alimentação foram obtidos através de ficha padronizada nas quais são registradas informações sobre as práticas alimentares durante a internação. Entre as 97 crianças incluídas, o aleitamento materno exclusivo foi verificado em 57,1%, sendo interrompido em 35,4% dos pacientes pelo uso de fórmulas lácteas. A média de duração da internação não se associou à introdução de fórmulas lácteas no hospital. Na análise bivariada, houve associação entre maior escolaridade materna e interrupção mais precoce da amamentação exclusiva e entre renda familiar mais baixa e interrupção mais precoce do aleitamento materno exclusivo. A prevalência de aleitamento materno exclusivo foi baixa e em 35,4% dos casos foi interrompido durante a internação hospitalar, possivelmente, por dificuldades de ordem física e pelo pequeno apoio da equipe de saúde no estímulo à manutenção da amamentação.
This cross-sectional study enrolled 97 inpatients at a teaching hospital in Salvador, Bahia, Brazil, to determine breastfeeding prevalence in infants less than 4 months of age hospitalized due to respiratory infection, and to evaluate the impact of hospitalization on breastfeeding. Patients' mothers were interviewed, and a standardized questionnaire was completed. After hospital discharge, medical records were reviewed and information on the infant's feeding practices during hospitalization was recorded. Exclusive breastfeeding was observed in 57.1% of patients, but it was interrupted in 35.4%, with the introduction of infant formula during hospitalization. Mean duration was not associated with the introduction of complementary feeding in the hospital. In the bivariate analysis, early interruption of exclusive breastfeeding was associated with higher maternal schooling and lower family income. Prevalence of exclusive breastfeeding was low. Hospitalization contributed to early interruption of exclusive breastfeeding in 35.4% of infants, possibly due to inadequate hospital infrastructure and insufficient support from health professionals to maintain exclusive breastfeeding.