Esta investigação objetivou identificar o conhecimento de adolescentes sobre as DST, formas de transmissão, uso do preservativo e cuidado em saúde. Trata-se de um estudo transversal com entrevistas de 90 adolescentes do Programa Saúde da Família de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. A coleta de dados realizou-se através de entrevistas domiciliares utilizando um questionário estruturado, e a análise preliminar por meio da freqüência simples das variáveis. A maioria das entrevistadas era solteira, iniciou a vida sexual e apresentava um conhecimento baixo das DST. O preservativo foi identificado como a principal forma de prevenção das DST e apenas 35,2% referiram seu uso sistemático; comparando-se a primeira e última relações sexuais observou-se grande queda no uso (71,1% e 37,1%, respectivamente). As adolescentes não se percebem em risco de adquirir uma DST (65,5%), no entanto, 57,8% tiveram sintomas relacionados a estas doenças e 36,7% nunca tiveram atendimento ginecológico. Os resultados apontam para a necessidade de uma atenção diferenciada, pois além de apresentarem pouco conhecimento sobre as DST, as adolescentes estão em situação vulnerável pela ausência efetiva de métodos, embora não se percebam nesta condição.
This study examined female adolescents' knowledge concerning STDs and transmission, condom use, and health care. It was a cross-sectional study of 90 adolescents living in an area covered by the Family Health Program in Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil. Data were collected through household interviews using a structured questionnaire, followed by preliminary analysis of simple frequency of variables. Most adolescents were single, sexually active, and with limited knowledge concerning STDs. Condoms were known as the main means of prevention, but only 35.2% of the sample reported always using them. There was a large drop in condom use (from 71.1% to 37.1%) when comparing the first versus the most recent sexual intercourse. Teenagers did not consider themselves at risk of STDs (65.5%), although 57.8% reported related symptoms and 36.7% had never undergone gynecological examination. The results point to the need for special attention to adolescent health care. The lack of effective protection makes them vulnerable to STDs, including HIV/AIDS, even though they do not consider themselves at risk.