O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre escolaridade e renda com o Índice de Massa Corporal (IMC). Nestas análises, foram estudados 3.963 funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, Brasil, participantes da fase 1 de um estudo longitudinal (Estudo Pró-Saúde). Para testar as diferenças entre os subgrupos, utilizaram-se análise de variâncias, teste de Wald e modelos lineares generalizados. A prevalência de obesidade variou inversamente com o nível educacional, especialmente entre as mulheres (p < 0,001). Nas análises de regressão múltipla, observou-se que, entre os homens, a educação e a renda familiar per capita não foram associadas com maior IMC. Entre as mulheres, a educação, mas não a renda, foi significativa e inversamente associada com IMC mais elevado (p < 0,001). Assim, a baixa escolaridade exerce um papel importante na determinação social da obesidade, principalmente entre mulheres.
This study focuses on associations between schooling, income, and body mass index (BMI). The analyses are based on data from 3,963 public university employees in Rio de Janeiro, Brazil, participating in phase 1 of a longitudinal study (the Pró-Saúde Study). ANOVA, Wald test, and generalized linear models were used to analyze differences between subgroups. Obesity prevalence was inversely associated with schooling, especially among women (p < 0.001). In regression analyses, schooling and per capita income were not associated with BMI among men. In women, schooling but not income was significantly and inversely associated with BMI (p < 0.001). Thus, low schooling plays an important role in the social determination of obesity, especially among women.