Vários estudos vêm demonstrando diferenças significativas no padrão de crescimento entre crianças amamentadas ao seio e com fórmulas. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da duração da amamentação predominante sobre o perfil antropométrico e identificar os determinantes do crescimento infantil em uma coorte de crianças brasileiras. Foram acompanhadas 479 crianças em um centro de saúde do Rio de Janeiro, através de um estudo longitudinal envolvendo quatro seguimentos: 0,5; 2; 6 e 9 meses. As variáveis dependentes foram o peso e o comprimento, coletados de acordo com procedimentos padronizados. A análise longitudinal foi desenvolvida através do modelo linear de efeitos mistos. A idade gestacional, o peso e o comprimento ao nascer mostraram associação significativa com a evolução de peso e de comprimento. Constatou-se que quanto maior a duração da amamentação predominante, maior o peso infantil. As crianças nascidas por parto cesáreo apresentaram pesos mais elevados do que aquelas nascidas por parto normal. Estes resultados reforçam a necessidade de programas que encorajem o aleitamento materno até os seis meses.
Various studies have shown significant differences in growth patterns between breastfed and formula-fed infants. This paper aims to evaluate the effect of predominant breastfeeding duration on anthropometric profile and to detect determinants associated with growth in Brazilian infants. Four hundred and seventy nine infants were studied in a health center in Rio de Janeiro through a longitudinal study with four follow-up waves at 0.5, 2, 6, and 9 months. The response variables were body weight and length, collected according to a standardized procedure. Data analysis was performed having longitudinal mixed-effects model as the main statistical procedure. Gestational age, birth weight, and birth length were positively associated with weight and length gains. The positive effect showed that the longer breastfeeding lasts, the greater the weight gains. Infants born through vaginal delivery presented lower weight gains than those born by cesarean delivery. The results emphasize the need for health programs encouraging breastfeeding practices up to the sixth month of life.