Aspectos ecológicos de duas espécies brasileiras de Biomphalaria, transmissoras da esquistossomose mansônica, são discutidos no presente artigo. B. glabrata e aB. straminea têm sido intensamente estudadas no Brasil e em outros países desde a década de 50. Este artigo enfatiza três momentos que marcaram o desenvolvimento histórico de nosso conhecimento sobre a biologia destes caramujos: 1. o acervo antigo acumulado de estudos de laboratório e de campo; 2. o desenvolvimento de modelos ecológicos quantitativos; 3. o desenvolvimento de metodologia alternativa para o cultivo dos caramujos em condições seminaturais.
This paper describes the ecology of two species of Biomphalaria: B.glabrata and B. straminea. These species have been intensively studied in Brazil and in other countries since the 1950s. The literature in this area can be broadly subdivided into three categories, linked to three distinct historical periods: 1) an accumulated store of early studies carried out in the laboratory and in the field; 2) the development of quantitative ecological models; and 3) the development of an alternative methodology for breeding snails under seminatural conditions.