O presente trabalho teve por objetivo caracterizar quimicamente uma nova cultivar de aveia, a UPF 18, recomendada pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia. Grãos de aveia da safra agrícola de 1999 foram descascados, as cariopses moídas em granulometria inferior a 0,250mm e a farinha avaliada quanto à composição centesimal, composição em aminoácidos, composição em ácidos graxos, índice de solubilidade de nitrogênio, digestibilidade da proteína in vitro, escore químico e energia metabolizável. A cultivar estudada apresentou alto teor de proteínas (15,07%). Os teores de fibra alimentar solúvel e insolúvel foram relativamente altos (5,59 e 7,73%), respectivamente, e, conseqüentemente, o teor de amido foi baixo (41,00%). A composição em aminoácidos foi semelhante ao padrão teórico da FAO, sendo a lisina o primeiro aminoácido limitante. A cultivar apresentou altas concentrações de ácidos graxos insaturados, onde o linoléico, oléico e palmítico representam 96,06% do total. A digestibilidade da proteína in vitro foi de 98,86%, o escore químico de 52,20%, o índice de solubilidade de nitrogênio de 20,24% e a energia metabolizável foi de 326,56kcal/ 100g.
This research was aimed to determine the chemical characteristics of the new oat cultivar UPF 18, which became recommended by the Brazilian Oat Research Committee in 1999. Oat grains from the 1999 cropping season were dehulled, the caryopses ground to a granulometry below 0.250mm, and the resulting flour evaluated regarding its composition, amount of amino and fatty acids, index of solubility in nitrogen, in vitro protein digestibility, chemical score, and metabolizing energy. The cultivar UPF 18 presented a high protein content (15.07%). The levels of soluble (5.59%) and insoluble (7.73%) dietary fiber were also high, making the amount o starch low (41%). The amino acid composition was similar to the FAO theoretic standard in most of the amino acids, where lysine was the first limiting. This cultivar also showed high levels of unsaturated fatty acids, with linoleic, oleic, and palmitic acids representing 96.06% of the total. The in vitro protein digestibility reached 98.86%, the chemical score 52.2%, and the metabolizing energy 326.56 kcal/100g.