Este trabalho busca, na história de Victor de Aveyron, elementos para discutir o modo pelo qual a existência humana se constitui. Por não ter convivido em ambiente humano, Victor foi motivo de intensas discussões no meio científico, especialmente entre os empiristas e os racionalistas. Nesta pesquisa assumimos uma postura fenomenológica, trazendo a história do menino selvagem à discussão por meio da fenomenologia hermenêutica de Heidegger, apontando, assim, para o caráter de indeterminação, o "ter de ser", e de singularidade da existência, sempre em jogo na constituição do modo de ser do homem.
This work aims to find, in the story of Victor of Aveyron, elements to discuss the way in which human existence is constituted. For not having lived in the human environment, Victor was the subject of intense discussions within the scientific community, especially among empiricists and rationalists. In this research we take a phenomenological approach, bringing the story of the wild boy into the discussion through the Heidegger's phenomenology hermeneutic, pointing to the character of indeterminacy, mineness; and the singularity of the existence, always presented in the constitution of man's way of being.