O objetivo deste estudo foi investigar a percepção de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 acerca do transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Participaram do estudo 12 pacientes, com idades entre 16 e 24 anos. Foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada antes e um ano após o TCTH. Os relatos foram submetidos à análise de conteúdo temática e agrupados em três categorias: impacto do adoecimento, vivência do TCTH e retomada do cotidiano. Os resultados evidenciaram que os participantes foram capazes de identificar ganhos e refletir sobre as perdas advindas dessa situação-limite. Puderam perceber possibilidades de se beneficiarem do TCTH e vislumbraram no transplante uma oportunidade para além das inevitáveis dificuldades e limitações impostas pela terapêutica.
This study aimed to investigate how type 1 diabetes mellitus patients perceive hematopoietic stem cell transplantation (HSCT). Twelve patients participated, ranging in age from 16 to 24 years. Semi-structured interviews were held before and one year after the HSCT. Three categories emerged from the thematic content analysis: impact of the disease, experience of HSCT and reassuming daily life. The results evidenced that, although it is a highly invasive and threatening procedure, the participants were able to identify gains and to reflect on the losses deriving from this borderline situation. They realized there were possibilities to benefit from HSCT and saw it as an opportunity beyond the inevitable difficulties and limitations the treatment imposed.