O objetivo deste trabalho foi medir curvas de sensibilidade ao contraste de 10 crianças ouvintes e de 10 crianças com surdez pré-lingual, de 7 a 12 anos, utilizando frequências radiais circularmente concêntricas (FSCr) de 0,25-2,0 cpg em níveis baixos de luminância (0,7 cd/m²). Todos os participantes apresentavam acuidade visual normal e estavam livres de doenças oculares identificáveis. A FSCr foi medida com o método psicofísico da escolha forçada. Os resultados mostraram sensibilidade máxima na faixa de frequência radial de 0,25 cpg para os dois grupos. Os resultados mostraram ainda diferenças significantes entre as curvas de FSCr de crianças ouvintes e de crianças com surdez pré-lingual. Isto é, as crianças ouvintes precisaram de menos contraste do que as crianças surdas para detectar as frequências radiais. Esses resultados sugerem que, em níveis baixos de luminância, a FSCr das crianças ouvintes foi melhor do que a das crianças com surdez pré-lingual.
The aim of this work was to measure contrast sensitivity curves in 10 hearing children and 10 children with prelingual deafness (from 7 to 12 years old), using concentric circular patterns with radial frequencies (rCSF) of 0.25-2.0 cpd at low levels of luminance (0.7 cd/m²). All participants were free from identifiable ocular disease and had normal visual acuity. The rCSF was measured with the psychophysical forced-choice method. The results showed maximum sensitivity in the frequency range of 0.25 cpd for the two groups. The results showed yet significant differences between the rCSF of deaf and hearing children. That is, hearing children needed less contrast than deaf children to detect radial frequencies. These results suggest that at low levels of luminance the rCSF of hearing children was better than the rCSF of children with prelingual deafness.