Este artigo examina uma inconsistência na proposta skinneriana com respeito às relações entre explicação e descrição. Em alguns momentos, Skinner identifica explicação e descrição, comprometendo-se com a máxima machiana " explicar é descrever" . Em outros momentos, Skinner desvincula os termos, considerando a descrição uma etapa preliminar do empreendimento científico, que deve ser complementada pela explicação. Argumenta-se, aqui, a favor da identidade entre explicação e descrição no Behaviorismo Radical com base nas influências de Mach na filosofia da ciência skinneriana. Defende-se ainda que essas influências se dão via selecionismo-pragmatismo, e não empirismo-descritivismo, contrastando com interpretações tradicionais das relações entre Mach e Skinner. Conclui-se que a identificação entre explicação e descrição parece expressar melhor as afinidades filosóficas do Behaviorismo Radical com o Pragmatismo.
This article examines an inconsistency in the Skinnerian proposal with respect to the relations between explanation and description. At some moments, Skinner identifies explanation and description, committing itself to the Machian principle " to explain is to describe" . At other moments, Skinner detaches the terms, considering description as a preliminary stage of the scientific enterprise, which must be complemented by explanation. It is argued, here, in favor of the identity between explanation and description in the Radical Behaviorism on the basis of Mach influences in the Skinnerian philosophy of science. Moreover, it is stated that these influences take place through selectionism-pragmatism, and not empiricism-descriptivism. This analysis differs from traditional interpretations of the relations between Mach and Skinner. It is concluded that the identification between explanation and description seems to express better the philosophical affinities of Radical Behaviorism with Pragmatism.