A palavra alma, do vocabulário religioso e psicológico, desapareceu da linha-mestra da psicologia. Com ela desapareceu o conceito de uma instância essencial da realidade humana. Ao contrário das denotações que identificam alma, espírito e mente e contrapõem alma a corpo, parece possível restituir a articulação originária dessas palavras nas fontes hebraicas da Bíblia, nas expressões idiomáticas das línguas ocidentais e no vocabulário psicológico fundador. Não é o uso da palavra alma, mas a recusa de seu desemprego, que torna interessante para o psicoterapeuta a serviço da alma, a atenção para estudos recentes, norte-americanos e europeus, que tentam restituir à alma sua posição estrutural e dinâmica na psique.
Soul, a religious and psychological word, has disappeared from mainstream Psychology. Along with it, the concept of an agency essential to humanness has also disappeared. Instead of the denotations unifying soul, spirit and mind, and opposing soul to body, it seems possible to restore the original relationship between those words from the Hebraic biblical sources, some idiomatic expressions of western languages, and the founding psychological vocabulary. It is not so much the use of the word soul, as the refusal to not using it that makes it interesting to the psychotherapist to pay attention to recent American and European studies that attempt to give again the soul its structural and dynamic standing in the psyche.