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  • 标题:Debate: uma nova Guerra Fria? Comentário por
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  • 作者:Fernandes, José Pedro Teixeira ; Rodrigues, Alexandre Reis ; Fernandes, Sandra Dias
  • 期刊名称:Relações Internacionais (R:I)
  • 印刷版ISSN:1645-9199
  • 出版年度:2008
  • 期号:20
  • 页码:54-66
  • 出版社:Instituto Português de Relações Internacionais
  • 摘要:José Pedro Teixeira Fernandes A guerra entre a Geórgia e a Rússia não deve ser interpretada, essencialmente, através do quadro mental herdado da Guerra Fria. Para além das causas mais directas do conflito, ligadas ao controlo do território da Ossétia do Sul, impõe-se alargar a perspectiva histórica e prestar atenção a outras dinâmicas em curso na actual política internacional, como o Kosovo e o nuclear iraniano. Relevante é também a análise dos acontecimentos no campo da «guerra das ideias» e na perspectiva das recentes actuações de política externa da União Europeia. Alexandre Reis Rodrigues Faz sentido perguntar se estamos ou não sob o risco de entrar numa nova Guerra Fria. A recente crise no Cáucaso do Sul entre a Geórgia e a Rússia deu um importante contributo para a generalização da percepção dessa possibilidade. Concorre também para essa mesma ideia, a postura que a Rússia tem assumido recentemente, ao tentar contestar o actual quadro de distribuição de poder no mundo, em parte como reacção ao «cerco» de que se considera «vítima» pelo alargamento da nato, pelo escudo antimíssil americano, etc. No entanto, não existem evidências suficientes, nem aliás parece possível, que possamos estar perante uma nova Guerra Fria. Sandra Dias Fernandes O conflito russo-georgiano de Agosto de 2008 enfatizou a necessidade de a UE conceber um modelo diferente para se relacionar com Moscovo. As implicações do conflito têm dimensões especificamente europeias, nas quais as relações UE-Rússia são uma pedra angular. A solução para a crise georgiana situa-se a dois níveis complementares: a implementação do plano de paz Medvedev-Sarkozy e o repensar da cooperação com o Kremlin. Nesse sentido, coloca-se a necessidade de operacionalizar um modelo de «cooperação selectiva» com a Rússia a fim de criar um relacionamento mais construtivo.
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