Mostra-se como a interioridade psíquica e corporal do sujeito se articula ao social. Considerando-se que o sujeito teria um modo peculiar de gozo, elabora-se a ideia de que ele teria uma ética da responsabilidade. Pretende-se sustentar que a formação sintomática, não somente implica o sofrimento, mas também uma operação de 'cisão' no ser do sujeito. Não se reduzindo à própria imagem, nem à sua palavra, ele vive num mundo de símbolos cuja articulação se faz por meio do discurso social, permitindo uma articulação entre sua subjetividade e seu modo singular de gozo. Distingue-se um gozo sexual de outro mais primário, dimensão de destruição interna não erotizada.
The article shows how the psychic and bodily interiority of the subject articulates to the social. Considering that the subject would have a peculiar mode of jouissance, the article develops the idea that this subject would have an ethics of responsibility. It argues that the symptomatic formation not only implies suffering, but also an operation of "splitting" in the subject's being. Not reducing himself to his own image, or to his speech, he lives in a world of symbols whose articulation is made through a social discourse, allowing an articulation between his subjectivity and his unique mode of jouissance. A sexual jouissance is distinguished from another one which is more primary, an internal dimension of a non-eroticized destruction.