Partindo da formulação lacaniana segundo a qual "em todo psicanalisante, há um discípulo de Aristóteles", o artigo pretende abordar o impasse atual no governo de si e dos outros articulando-o à servidão voluntária ao ideal platônico do filósofo-rei. Propondo pensar a questão de como sair dessa servidão, o autor versa sobre as críticas de Aristóteles, Arendt e Leo Strauss a uma política elaborada com base no modelo da família.
Based on the Lacanian formulation that "in every psychoanalysand, there is a disciple of Aristotle", the article aims to address the current impasse in the government of self and others linking it to voluntary servitude to the platonic ideal of the philosopher-king. Proposing to consider the question of how to get out of this bondage, the author discusses the criticism of Aristotle, Arendt and Leo Strauss to a policy which is based on the family model.