摘要:A Psicanálise tem como um de seus operadores centrais uma compreensão inovadora da sexualidade humana. O conceito de pulsão e, em particular, o de pulsão sexual possui lugar de destaque. As determinações e implicações dos remanejamentos sofridos por esse conceito na obra freudiana colocam dificuldades teóricas na questão do sexual e de sua relação com a alteridade. No primeiro dualismo pulsional, a pulsão sexual é força disruptiva, oposta às de autoconservação, por seu caráter desestabilizador para o ego. Com a emergência do conceito de narcisismo, a constituição egoica assume caráter eminentemente sexual, e a oposição entre ego e sexualidade é problematizada. Na segunda teoria das pulsões, fundamentada na contraposição entre Eros e Pulsão de Morte, esta última constitui força destrutiva, cuja natureza, para Freud, não seria sexual. Baseando-nos em Jean Laplanche, discute-se como conciliar os aspectos violentos edisruptivos da sexualidade humana com a dimensão de ligação inerente a Eros.
其他摘要:Psychoanalysis has as one of its central operators an innovative understanding of human sexuality. The concept of drive, of the sexual drive in particular, has a prominent place. Determinations and implications of the relocation of this concept in Freud's work create theoretical difficulties in the sexual issue and its relation to otherness. In the first drive dualism, the sexual drive is a disruptive force, opposed to self-conservative ones because of its destabilizing character for the ego. With the emergence of the concept of narcissism, the ego's constitution takes on an eminently sexual character, and the opposition between ego and sexuality is problematized. In the second drive theory, grounded on the opposition between Eros and the death drive, the latter is a destructive force, whose nature, according to Freud, would not be sexual. Drawing on Jean Laplanche, we discuss how to reconcile the violent and disruptive features of human sexuality with the linking dimension inherent to Eros.