摘要:A questão do não aprendizado na escola vem sendo alvo de inúmeras pesquisas em diversas áreas do conhecimento, e, sobremaneira, na Psicologia. Parte das discussões gira em torno de indicar as origens ou as causas, em que se destaca o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, um problema orgânico, da alçada médica, cuja solução seria a Ritalina. Assim, rapidamente como se constitui o problema, se diagnostica e se resolve. Este artigo propõe uma reflexão acerca do não aprender, analisando de que forma isso é tomado como um problema, sendo a infância, ela mesma, forjada e apreendida sob o escopo da Medicina. Como disparador dessa questão, recorremos a uma abordagem crítica do uso abusivo da Ritalina e ao conceito de biopolítica, que situa a gênese do saber médico no controle das formas de vida, constituindo um saber sobre os modos de viver, de ser criança. Muitas vezes, a Psicologia, como disciplina e campo de saber, incide nessa seara corroborando os processos de medicalização da vida. Propomos uma outra prática, imersa na problemática gênese biopolítica: uma clínica-política, na qual a Psicologia possa reapropriar-se das constituintes cognitivas e coletivas que compõem essa temática.
其他摘要:The issue of non-learning in school has been the subject of several studies in many areas of knowledge and, above all, in Psychology. Part of the discussion concerns the indication of the origins or causes, which highlights the attention deficit and hyperactivity disorder, an organic problem, from medical competence, whose solution would be Ritalin. As soon as the problem is provided, it is diagnosed and solved. This article proposes a reflection about the “non-learning”, analyzing how this is taken as a problem, being childhood itself forged and seized under the scope of medicine. Taking this fact as a trigger of this issue, we turn to the criticism regarding the abusive use of Ritalin and the concept of biopolitics that places the genesis of medical knowledge in the control of forms of life, what becomes a knowledge about ways of living, of being a child. Often, psychology as a discipline and field of knowledge joins this ground supporting the processes of medicalization of life. We propose a further practice, immersed in the problematic biopolitic genesis: a political clinic, where psychology can reappropriate the cognitive and collective constituents that compose this theme.
关键词:Distúrbios da atenção; Distúrbios da aprendizagem; Infância; Política educacional; Medicalização;Attention déficit disorder; Learning disabilities; Childhood; Educational policy; Medicalization;Transtorno de la atención; Transtorno del aprendizaje; Infancia; Política educacional; Medicalización