摘要:O objetivo do estudo foi analisar a perceção de sete atletas do boxe feminino, com relação ao esporte escolhido como profissão, e a reação inicial de familiares e amigos frente a essa escolha. A investigação foi realizada por intermédio de entrevista semiestruturada e os resultados avaliados pela análise do discurso. Na perceção das atletas, a baixa participação feminina no boxe de competição ocorre devido ao preconceito gerado pelo próprio esporte, uma vez que nele há predominância de golpes que envolvem força e agressão, caracterizando-o como masculino, e, ainda, outro elemento gerador de preconceito é o fator 'renda', dado que esse esporte está intimamente ligado à pobreza e à marginalização. Retomando a questão ¿preconceito¿, creditada à cultura brasileira, mediante a observação de que as características inerentes a esse esporte correspondem particularmente ao sexo masculino, tal fato desencadeia o preconceito sexual que, por sua vez, leva ao questionamento da opção sexual dessas mulheres. Quanto ao comportamento inicial dos familiares e amigos, este foi marcado pela proibição, seja pelo estereótipo da masculinização do corpo, bem como forma de proteção, já que o esporte leva a inúmeros tipos de lesões. Contudo, com o tempo e a persistência dessas lutadoras, essa perceção familiar foi alterada e o que fora 'proibido' passou a ser 'acompanhado' e 'apoiado'. Portanto, conclui-se que, apesar de as mulheres estarem conquistando seu espaço no cenário esportivo, esportes culturalmente masculinos, como o boxe, ainda desencadeiam estereótipos sexuais e sociais e contribuem para a exclusão.
其他摘要:This study aimed to analyze the perception of seven female boxers with regards to their professional sport as well as to the initial reaction of family and friends. The research comprised semisstructured interviews and the results were evaluated through discourse analyses. In the athletes' perception, the low female participation in competitive boxing is due to the prejudice triggered by the sport itself, once there is a predominance of strength and aggressive punching, which is characteristic of male sports. Another fact that triggers prejudice is the individual¿s incomes, with this sport frequently linked to poverty and marginalization. Since in the Brazilian culture these are characteristics often found among men, this causes sexual prejudice, with questionings about the women¿s sexual option. The initial behavior of family and friends was marked by prohibitions, due to male-like stereotypes or to a trend of protection, once this sport is linked to a high number of injuries. However, time and the persistency of these athletes caused this perception to change and their families to follow and support them. It is concluded that despite of the women's conquers in the sports scenery, culturally male sports such as boxing still trigger sexual and social stereotypes, contributing to exclusion.