摘要:O desenvolvimento agrícola e a consolidação de complexos agroindustriais no Brasil em anos recentes foi acompanhado por mudanças no rural, que deixou de ser simplesmente agrário e incorporou novas atividades ao seu cotidiano. Na RMC, fatores associados ao desenvolvimento econômico regional e intensa urbanização também concorrem para a conformação do mercado de trabalho para a população rural. Nesse contexto, este trabalho busca caracterizar a PEA rural da RMC, os rendimentos no trabalho principal, escolaridade e atividades nas quais se ocupam, tendo em vista a importância das atividades não-agrícolas para a geração de renda dessa população. Nesse sentido, pretende ser uma contribuição ao estudo da pluriatividade na RMC, devendo-se observar que limitações da base de dados impedem que sejam identificadas as atividades nos demais trabalhos. São utilizados os microdados do Censo 2000, sendo analisadas as pessoas residentes no meio rural com mais de 10 anos de idade. Em 2000, apenas 36,7% da PEA rural da RMC tinha trabalho principal na agricultura, e os restantes se ocupavam em atividades não-agrícolas, como Serviços domésticos, Construção civil, Indústria de Transformação, Comércio, Serviços. Características educacionais dessa população constituem-se limitações a sua colocação em setores de melhores remunerações, já que cerca de 67% não possuem o primeiro grau completo e apenas 3%, o diploma universitário. De fato, as atividades onde se concentra a PEA rural de menor escolaridade, também oferecem menores rendimentos médios e maior precariedade no trabalho. Para os empregados domésticos, por exemplo, os salários mensais médios não chegam a 1,7 salários mínimos, e apenas 9,5% contribuem para o INSS. Esses resultados são preocupantes, por se tratar de região das mais desenvolvidas do país, e sugerem que, também na RMC, há que se investir na educação da população rural, como forma de propiciar melhores colocações no mercado de trabalho e aumento da renda.
其他摘要:Agriculture development and the consolidation of agribusiness in Brazil in recent years was followed by changes in rural space, that became more than agrarian, by incorporating new non-agrarian activities. In Campinas Metropolitan Region (RMC), factors associated to regional economic development and intense urbanization process also contribute to the configuration of the labor market faced by rural inhabitants. This paper aims to characterize the economic active population that still lives in rural areas of Campinas Metropolitan Region, the wages, sector of activity where this population is occupied, level of schooling, among others, supported by the importance of non-agriculture activities for complementing the budget of this population. In this sense, this paper aims to contribute to the discussion of pluriativity in the Campinas Metropolitan Region, in spite of data limitations. Data utilized are the sample of 2000 Brazilian Demographic Census, for rural residents above 10 years old. The results show that in 2000 only 36,7% of workers living in the RMC had agriculture activity as a principal job. Other important activities, in decreasing order, were: household services; civil construction, transforming industry, commerce and services. Formal education of this population may create limitations in labor market inclusion: about 67% have les than 7 years of school, and only 3% had university grade. Less education showed to be associated to lower mean income and lower percentage of workers with security assistance. As example, the persons that worked as household keepers had a mean wage smaller than 1,7 minimum salary (about US$140 a month), and only 9,5% had social security contribution. Given that Campinas Metropolitan Region is one of the most developed in the country, the results indicate that it is necessary to invest in education as a means of offer better employment opportunities and income increase for those that, living in rural areas, search to increase income through non-rural jobs.
关键词:desenvolvimento socioeconômico;Rendimento do trabalho;pluriatividade no rural;socioeconomic development;wages;rural pluriativity