Meu argumento, neste texto, é que a noção de crise, claramente ligada à teoria crítica, tem tido lugar de destaque na teoria curricular contemporânea no Brasil, como um sintoma do um deslizamento entre teoria crítica e pós-crítica. A crise tem funcionado, no âmbito da teoria e da política curricular, como exterior constitutivo que constrange a proliferação de sentidos para currículo. Preocupo-me, especialmente, com o fato de que o movimento de redução dos sentidos possíveis de currículo tem propiciado a ampliação da hegemonia de discursos universalistas e privilegiado a experiência curricular como reconhecimento em detrimento da invenção.