摘要:Nos últimos anos, empreendi alguns projetos novos sobre a obra de Machado de Assis: quase todos eles focalizaram uma obra só, ou um conjunto delas – uma série de crônicas, ou um livro de contos. Incluem um ensaio longo sobre a gênese de um conto comprido publicado em 1872, "A parasita azul";1 uma edição, que fiz de parceria com Lúcia Granja, das "Notas semanais", crônicas que Machado publicou em O Cruzeiro em 1878, quando acabara Iaiá Garcia e quando é bem provável que as Memórias póstumas de Brás Cubas estivessem sendo pensadas ou planejadas;2 uma introdução a uma edição de Papéis avulsos, de 1882, feita para a Penguin-Companhia das Letras;3 há dois anos, também, decidi empreender um estudo detalhado de Quincas Borba, para tentar compreender o processo de composição do romance, para o qual temos o testemunho extraordinário da versão que Machado foi publicando, cinco anos a fio, entre 1886 e 1891, numa revista de senhoras, A Estação. Em parte, fui inspirado por um doutoramento que orientei, na Inglaterra, por Ana Cláudia Suriani, que ela publicou há pouco em forma de livro.4