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文章基本信息

  • 标题:EDITORIAL
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  • 作者:Patrícia Silveirinha Castello Branco ; Sérgio Dias Branco ; Susana Viegas
  • 期刊名称:Cinema : Journal of Philosophy and the Moving Image
  • 电子版ISSN:1647-8991
  • 出版年度:2010
  • 期号:1
  • 页码:7-13
  • 出版社:New University of Lisbon
  • 摘要:

    Desde as suas origens que o cinema tem sido objecto de pesquisa filosófica em ambos os lados do Atlântico. Nos primórdios do século XX, Henri Bergson (1907) e Hugo Munsterberg (1916) ofereceram as primeiras reflexões filosóficas sobre esta nova arte nascente. Essas reflexões reflectiram, desde logo, diferentes preocupações e diferentes tradições filosóficas. As ideias de Bergson tiveram uma enorme influência na Europa continental e inspiraram inúmeras obras artísticas que persistiram, pelo menos até ao início da Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, os estudos pioneiros de Munsterberg quase caíram no esquecimento até aos anos 90 do século passado, altura em que foram alvo de um renovado interesse, nomeadamente por parte dos teóricos cognitivistas do cinema. Durante todo o século XX, na Europa continental, cinema continua a inspirar profundas investigações filosóficas sobre a sua natureza, funcionamento e recepção, integrando, em grande medida, as influências de Gilles Deleuze, Maurice Merleau-Ponty, Theodor Adorno, Walter Benjamin, entre outros. Relativamente à tradição filosófica analítica, com a excepção das obras de Stanley Cavell a partir dos anos 70, os problemas filosóficos relacionados com o cinema tiveram pouca expressão até à mudança ocorrida nas últimas duas décadas. Esta mudança deu um novo impulso ao lançamento de problemas e questões, e estabeleceu um corpus literário por parte de filósofos como Noël Carroll, George M. Wilson, Gregory Currie e Paisley Livingston, que serviu de base a subsequentes investigações e debates neste campo.

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