A discussão a que se dedica este artigo passa pela construção de um olhar acerca do currículo como atualização das virtualidades da sala de aula. A sala de aula é proposta como um coletivo de forças. Como exercício de pensar e de escrita, acercar-se-á com o Zaratustra de Nietzsche, nas três metamorfoses. O artigo é composto em três movimentos: um primeiro, no qual o espaço sala de aula é tido como continente e o currículo pensado, igualmente, como um continente de conteúdos programáticos, regras metodológicas e didáticas; em um segundo, o espaço sala de aula é concebido como relacional, ou seja, é constituído nas e pelas relações e o currículo proposto como relações de diversos; um terceiro propõe o espaço sala de aula como relação de forças e o currículo enquanto invenção. Não são momentos no “desenvolvimento” da noção de currículo que aqui se deseja apresentar, mas movimentos que compõem uma visada da sala de aula, que pretende perspectivar o currículo. As discussões propostas neste artigo encontram diálogo, especialmente, com Nietzsche e Deleuze e com autores contemporâneos próximos ao pensamento desses filósofos.