Muitas pequenas organizações desenvolvem suas bases de recursos em mercados cujas exigências se acham formatadas pela atuação de grandes corporações, como no setor de incorporação imobiliária. Neste artigo, por meio de um estudo multicaso, explora-se como pequenas organizações manejam seus recursos na ausência de alguns recursos considerados fundamentais para a consecução de vantagens competitivas. Para tanto, faz-se, primeiramente, um diagnóstico do mercado londrinense de verticais, embasado em entrevistas com três especialistas. Em sequência, apreciam-se quais são os recursos que poderiam ser considerados fundamentais no mercado. Depois, busca-se demonstrar como as organizações objetos do estudo conseguem, utilizando meios alternativos, gerar renda, mesmo portando bases de recursos carecedoras de muitos dos recursos fundamentais. Propõe-se que a Visão Baseada em Recursos (VBR) sirva como referência não apenas à explicação de organizações ocupantes das posições de liderança, como também de organizações que, carecedoras de recursos fundamentais, atuam, não raro, em estado de paridade competitiva.
Many small organizations develop their resource bases in markets shaped by the largest corporations, as occurs in the real estate sector. In this paper we explore through a multiple case study how income-generating small organizations manage their resources in the absence of some fundamental resources to achieve competitive advantages. At first, we make a diagnosis of Londrina’s market, based on interviews conducted with three experts. In sequence, we analyze which resources could be considered fundamental in the market. Then, through the analysis of the cases we seek to explore how these organizations can remain in the market generating income even owning a resource base that not contains many of the fundamental resources. It is proposed that the Resource-based View (RBV), as a theory focused on organizational resources, can be useful not only to study organizations that sustain competitive advantage but also to study organizations that have difficult to develop an ideal resource base and, even in a position of competitive parity, are income-generating.