O fenômeno da convergência envolve uma combinação de transformações interligadas e interdependentes, de natureza tecnológica, industrial, comercial, cultural e social, que afetam a regulação das comunicações. Os usuários, por sua vez, tornaram-se igualmente convergentes, envolvidos numa cultura participativa intensa e, do ponto de vista do seu alcance geográfico e social, graças à convergência, cada vez mais extensa. Ao invés de consumidores passivos de mídia e serviços de informação e comunicação, temos agora utilizadores ativos e socialmente conectados, não mais silenciosos leitores/espectadores/ouvintes, mas ruidosos ativistas e publicistas. Compreender este fenômeno é essencial para vislumbrar um marco regulatório a ele apropriado. Este artigo procura definir convergência e discutir suas conseqüências, tendo no horizonte o provável debate que se espera que ocorra no Brasil, ainda este ano, sobre a revisão do marco regulatório das comunicações.