Este artigo analisa como os veredictos escolares podem ser instrumentos eficazes para legitimar práticas culturais de alunos com capitais culturais distintos, privilegiando aqueles que fazem do “patrimônio cultural” um recurso eficiente para a aquisição de novos saberes escolares, dado todo o grau de intimidade que estabelecem com a cultura legítima. Para tanto, a sala de aula e a dinâmica inscrita “nesta pequena sociedade” (Sirota, 1994) serviram como material empírico para perscrutar o “legítimo” e o “ilegítimo” (Lahire, 2006) no universo escolar acerca das práticas de linguagem e todas as implicações desta aprendizagem em um espectro social mais amplo, qual seja, o universo das práticas culturais.