摘要:Analisa resultados de investigação de natureza colaborativa cujo objetivo central é compreender as possibilidades e limites da ação docente nas decisões e inovações curriculares. Do ponto de vista teórico-metodológico, a pesquisa se apóia na perspectiva denominada estruturismo metodológico, ancorada na historiografia sócioestrutural e nas novas sociologias da ação, o que permite compreender, ao mesmo tempo, as ações dos sujeitos na sua relação com a cultura e a sociedade, uma articulação dos níveis macro e micro na análise social, derivada da dialética entre ação e estrutura. Nesta concepção, a pesquisa empírica quantitativa e qualititativa, bem como a análise teórica, buscam um certo tipo de equilíbrio ideal. Os dados foram produzidos num trabalho com um grupo de 30 professores de História de escolas de Ensino Básico, em um Município da Região Metropolitana de Curitiba, Paraná (BR). Acompanhando sucessivas reestruturações curriculares desde 1992, e participando de debates sobre conteúdos e métodos de ensino de História, os professores passaram a compor um grupo de investigação com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná em 2004. Em encontros mensais, as propostas curriculares foram avaliadas para compreender como os conhecimentos históricos foram recontextualizados como conteúdos a serem ensinados. A referência principal foi a pesquisa da relação dos alunos com o conhecimento histórico como pressuposto para a determinação do conhecimento a ser ensinado, explicitado no currículo, “texto visível do código disciplinar” e, ainda, confrontado com outros textos visíveis, como os livros didáticos utilizados e os “textos invisíveis”, como as ações cotidianas dos professores em suas aulas de História. Entre os principais resultados por parte dos professores, apontam-se: a) a necessidade de preservação de elementos presentes nas propostas curriculares e que correspondem a necessidades atuais do ensino da disciplina; b) a elaboração de princípios que devem ser considerados na construção do currículo; c) a indicação de elementos que devem ser incorporados às propostas curriculares, sejam aqueles que estavam ausentes nas anteriores, sejam os que, estando expressos de alguma forma nos documentos oficiais, ainda não se constituíram efetivamente em elementos presentes nas aulas da História.