摘要:O presente trabalho busca refletir sobre as relações entre o aumento das políticas públicas de popularização da ciência e os posicionamentos anticientificistas. Em um primeiro momento, são apresentadas diversas políticas públicas que, principalmente desde 2003, ampliaram o alcance da ciência na sociedade brasileira. Paralelamente, evidencia-se o crescimento do movimento anticientificista no Brasil, apresentado como um problema social grave, oriundo de disputas hegemônicas, que implica, por exemplo, no ressurgimento de doenças já controladas. Em uma perspectiva discursiva, este artigo articular-se com a ideia de não reduzir tais movimentos a farsa e sim, tentar compreender suas redes de formação discursivas. Leva-se em consideração que estes movimentos também se fazem presentes no âmbito educacional; logo, a educação é discutida em diferentes conjecturas, segundo a proposta de Gohn, a saber, educação formal, educação não-formal, e educação informal. A partir destas três categorias, reflete-se sobre a produção curricular como arena de disputa de sentidos, compreendendo que a popularização da ciência está atravessada/atravessa todos estes campos educacionais.