摘要:Este artigo pretende examinar os impasses trazidos à tona no processo de recriação e reconstituição da memória em Um esboço do passado , de Virginia Woolf, a partir do que é suscitado pelo corpo. “Corpo” é visto, aqui, como categoria para se pensar os sentidos de marginalidade e de resistência feminina. De especial interesse foram as apropriações dos hiatos das memórias em Um esboço do passado , uma vez que recuperar o próprio corpo e de dentro dele estabelecer uma voz constituiu, para a autora, um processo repleto de adversidades e contradições, ao qual Virginia Woolf respondeu artisticamente com estratégias narrativas singulares. Universal e particular misturam-se não apenas devido à dificuldade de não ser pessoal quando se fala sobre si mesmo, mas porque Woolf sugere que excluir a pessoa sobre quem se narra é indesejável. Ainda que por vezes ao incluir-se pessoalmente em seus textos ela só encontre o próprio silêncio, este é reconhecido como uma parte constitutiva deles. Tal como as superposições temporais da memória ou do tempo em “Esboço”, pessoalidade, impessoalidade e a ausência de ambas (ou sua interconexão, o que dá no mesmo) se justapõem em uma espécie de palimpsesto, que não desmerece a corporeidade, mas ao contrário, a reconhece como essencial. Translator, and PhD in Literary Theory and Comparative Literature by Univeridade de São Paulo (US). From Virginia Woold, she has translated Um esboço do passado (Nós, 2020), A morte da mariposa (2021) and Diário: 1915-1918 (Nós, 2021), and currantly works Only with translation, with Marcelo Pen Parreira, from O leitor comum (Tordesilhas, to be published).
关键词:Virginia Woolf;corpo;memória;personificação feminina;escritas de vida