摘要:Em constante desassossego que nos acompanha, problematizamos alguns ditos e não ditos atrelados a discursos relacionados a mulheres, a natureza e o pampa do Rio Grande do Sul. Esses olhares que tanto se inquietam se sustentam sob o aporte teórico de autores da vertente teórica denominada filosofia da diferença, como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Friedrich Nietzsche juntamente a intercessores que se debruçam sobre as questões de gênero, como Sandra Garcia, Mary Castro e Miriam Abromovay. Analisamos algumas construções históricas e culturais que evidenciam um antropocentrismo, bastante marcado por um androcentrismo neste Pampa. Entrelaçadas nessas teias discursivas, pinçamos mulheres, e colocamos algumas inquietações como potência para pensarmos as tramas discursivas que se articulam nesses jogos, nessas relações que se pautam na figura masculina e atribuem às mulheres, a tarefa do cuidado com a natureza. Assim pensamos no quanto esses discursos são fabricados em processos culturais, sustentados em relações de poder que fazem emergir verdades e saberes dados como naturais nos interstícios da educação ambiental.