期刊名称:Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais
电子版ISSN:2179-6858
出版年度:2020
卷号:11
期号:4
页码:145-153
DOI:10.6008/CBPC2179-6858.2020.004.0013
出版社:Escola Superior de Sustentabilidade
摘要:As chuvas influenciam a dinâmica hidrológica nos rios amazônicos (enchente, cheia, vazante e seca). A dinâmica hidrológica influencia os organismos aquáticos e na infraestrutura logística, econômica e social das populações que habitam as margens dos rios amazônicos. Assim, estudos que investiguem a relação da precipitação pluvial com o nível fluviométrico são necessários para entendermos essa dinâmica e melhorarmos as previsões dos modelos regionais de chuva-vazão. Para este estudo foram utilizados dados mensais de precipitação pluvial (PRP), número de dias com chuva (NDC) e nível do Rio Tapajós das estações fluviais e pluviais localizadas na cidade de Santarém-PA, os dados foram obtidos junto a Agência Nacional de Águas, para o período de janeiro de 1980 até dezembro de 2015. Foi calculada a correlação cruzada com os dados não normalizados, para identificar a defasagem com máxima relação entre a PRP/NDC e o nível do Rio. Em seguida, foram normalizados as médias anuais de nível, para identificar anos com o nível abaixo, dentro e acima da média e por último foram calculadas médias mensais para cada uma das 3 categorias, e aplicado o teste t-student. Entre os principais resultados encontrados pode-se destacar: I) Os diagramas de caixas ('boxplot') mostram que todas as variáveis estudadas apresentam sazonalidade bem definida. O nível do Rio Tapajós apresenta período de máximos entre os meses de abril a junho, mínimos outubro a dezembro, e períodos de transição de janeiro a março e de agosto a setembro. Já a PRP e NDC apresenta pico entre janeiro a maio, estiagem de agosto a dezembro e transição em junho e julho; II) A correlação máxima entre PRP/NDC e Nível é máxima com defasagem de 3 meses, com valores superiores a 0,6 muito maior do que os 0,3 da defasagem '0'. Assim, apresentou grande dependência temporal de 2 a 3 meses entre a chuva a cota. A cota máxima do Rio Tapajós sofre grande variação nos anos de eventos extremos (estiagem ou chuva acima da média), quando se afasta da média histórica até 1 m, porém, o mesmo não se verifica para a cota mínima, que permanece dentro da média histórica em anos de eventos extremos. Definiu-se o período hidrológico da região: cheia (abril a julho), vazante (julho a setembro), seca (outubro a dezembro), enchente (janeiro a março). O estudo demonstrou haver um padrão consistente e previsível de variação sazonal do nível fluviométrico do Rio, e sua relação direta com a pluviosidade. Essa previsibilidade pode ser importante ferramenta para a população, no planejamento anual das atividades econômicas de pesca e agricultura de várzea, de lazer, turismo e transporte fluvial. Pode também orientar com antecedência as intervenções necessárias do governo municipal na orla da cidade, que frequentemente sofre inundação no período de cheia, podendo minimizar os danos causados.
关键词:Precipitação Pluvial; Nível fluviométrico; Rio Tapajós; Santarém/PA