摘要:Este artigo propõe uma leitura da obra Calendrier (1963), do escritor francês Pierre Garnier, a partir da metáfora das áreas na esfera celeste da página. Os poemas visuais de Pierre Garnier demonstram a tradição da poesia visual experimental nos anos sessenta, na França. Em sua obra, a instância da palavra é caracterizada como uma área reverberada em intensidade visual e sonora. Buscamos, assim, demonstrar como as constelações são criadas como rotas de leituras nos poemas referentes aos meses ‘Janvier”, ‘Février”, ‘Mars” e ‘Avril” em Calendrier (1963). Como base teórica, perpassamos os manifestos e produções teórico-críticas de Pierre Garnier, bem como algumas questões postuladas pelo pós-estruturalista francês Blanchot (2005), para além do trabalho com a noção de leitura enquanto partilha do sensível, em Rancière (2010). Desse modo, observamos como a poesia visual de Pierre Garnier trabalha as dinâmicas de movimento espacial que compõem deslocamentos visuais na página, objetivo máximo da prática espacialista.